domingo, 12 de outubro de 2008

Reformas

Estava eu em frente ao aparelho televisor e eis que Patrícia Poeta (em mais uma de suas brilhantes aparições com canetas mágicas nos quadros altamente tecnológicos do Fantástico) me dá a notícia que mudaria (literalmente) minha existência de hoje (na verdade esses dias) em diante: microondas não é mais microondas. O quê?? Parou de aquecer sanduíches em três minutos? Não, é óbvio que não. Microondas agora é micro-ondas. E, por sua vez, nossa imagem também não será mais a mesma: auto-retrato agora é autorretrato. Que horror! H-o-r-r-o-r. Não vai demorar e horror vai virar hor-ror, ou qualquer coisa assim. Então se passa o fatídico momento (um plim, digamos) que me deu a idéia que eu não tinha para este post e, consequentemente (sem trema, pois elas "caíram", todas, também), seu título: reformas são positivas, por piores que pareçam a princípio (se for em princípio me perdoe, Orlando, mas me foge a regra neste segundo). Sim, reformas são necessárias, positivas e úteis. E não me refiro apenas a reformas no sentido denotativo da palavra. Reformar-se é tudo de bom! (tudo de bom? Affe...) Renovar o espírito, a alma, as relações (acreditem, eu não encarnei o Paulo Coelho e nem o Lauro Trevisan) faz com que renovemos o que somos, e penso que a 'metamorfose ambulante' do saudoso Raulzito falaria por mim muito melhor do que essas palavras tortas que vomito aqui. Reformar. Renovar. Abrir-se ao novo, ao todo, ao que há de melhor na vida. Aproveitar cada momento, cada pequeno instante milagroso (ufa, que religiosa me encontro hoje), cada átomo de pureza que há na simplicidade das pequenas coisas da vida. Aí você me pergunta: crise de identidade, colega? Demência cabeçal? (apud Adriano de Sá Britto, alegretense de fé) Porre? Muito pelo contrário! Hoje, tomando banho, ao ver o xampu saindo do potinho tal qual leite condensado (não, também não usei drogas sintéticas) percebi uma entre tantas metamorfoses que nos perseguem diariamente e para as quais viramos a face para admirar, muitas vezes, o feio, o ruim, o negativo. Xampu virar leite condensado na minha cabecinha já é um começo de reforma. Reformar o concreto, o racional, o lógico. Abrir o coração. Façamos um trato (não, eu não vou escrever abstrato, Humberto Gessinger): olhemos o que nos cerca com vistas de reforma! Renovemo-nos! Acreditem, meu cabelo ficou docinho e não caiu nem um pedacinho de mim! Tchau gurizada! Beijo da Ananda

5 comentários:

Felipe Severo disse...

Ananda!
Um dos textos mais engraçados que já li nesses blogs afora! ahahahaha
Acho que pra ti, escrever com a gente te atormentando na sala gera bons efeitos!
E qualquer coisa eu tô aqui de testemunha que tu não usou (usaste) drogas sintéticas, não! ahahahaha

Muito bom o texto, sério!

Anônimo disse...

EXCELENTE!
não sei se foi a gelatina de "vódica" ou a tua criatividade imensa, mas ficou excelente meu xuxu!
ri por dentri e por fora!

Liana Coll disse...

simm, muito bomm o texto! amei!
a inspiração mora em ti, ananda! hehehe
beijóoooca

Acervo Café Frio disse...

Pois é. Sabes que também sou a favor das reformas. Nada melhor que reformar para impulssionar. A língua "não se cansa de ter esperança de ser tudo o que quer"...Acho essa e tantas outras reformas bem colocadas, a inalterabilidade cai no poço.
Abraços
Bibiano

Anônimo disse...

Reformemos! Minha vida são reformas. Nossas vidas o são. E, mesmo que muitos não acreditem em astrologia, eu brindo à Era de Aquário. Reformemos!

[Bravo!]