segunda-feira, 16 de junho de 2008

JORNALISTAS POR FORMAÇÃO

ESTÃO TENTANDO TIRAR O SEU DIREITO DE SER BEM INFORMADO!


Em primeiro lugar, pedimos espaço ao colega que teria seu post "publicado" no dia de hoje para exprimirmos a nossa indignação em relação à desregulamentação da profissão do jornalismo.

Para fundamentarmos juridicamente nossa opinião, eis o artigo 4º do Decreto-Lei n° 972 de 17 de outubro de 1969:
Art. 4º O exercício da profissão de jornalista requer prévio registro no Conselho Regional de Jornalista, da respectiva jurisdição, que se fará mediante a apresentação do Diploma de Curso Superior de Comunicação Social em Jornalismo, com textos de editoração: escrito, oral e imagem, expedindo por instituição de ensino reconhecida e registrada no Ministério da Educação.
E a justificação:
O presente projeto tem a finalidade de adaptar o Decreto-Lei nº 972, de 17 de outubro de 1969, com a Constituição Federal de 1988 que em seu artigo 5º dá o direito de igualdade a todos.
A Constituição de 1988 ainda assegura o direito ao livre exercício da profissão.
Esta é a lei que nos protege.
No entanto, o projeto de lei 6398/2005 (de autoria do deputado Severiano Alves) propõe a desregulamentação da profissão de jornalista, ou seja, se esse projeto for aprovado, não será mais necessário o diploma de curso superior em Comunicação Social para se exercer a profissão em questão.
Jornalistas, estudantes de jornalismo, mestrandos e doutorandos e pessoas da área de Comunicação Social: não permitam que a nossa profissão seja banalizada mediante leis que não a respeitam.
O SEU DIREITO À BOA INFORMAÇÃO ESTÁ SENDO LESADO.
O Jornalismo É uma profissão séria e exige, além de vocação, estudo acadêmico com fundamentação teórica.
"Logo de cara, o curso de Comunicação se mostrou tão extenso que notou-se também a necessidade da segmentação deste novo fenômeno das ciências sociais e humanas. Principalmente nas ramificações em que se notou a existência de objetos ainda mais particulares. O jornalismo é uma delas. Tem um objeto próprio de estudo, definido por alguns de "mediação do interesse público nos medias" ou ainda "mediação das notícias nos medias". O que no fim significa o mesmo, pois o princípio de notícia é tudo aquilo que carrega interesse público.
Ao jornalista, portanto, cabe:
1) A responsabilidade de se especializar na veiculação equilibrada das vozes sociais nos medias;
2) Detectar vícios e práticas que prejudicam a boa comunicação;
3) Observar os efeitos das coberturas jornalística em médio e longo prazo;
4) Preservar o equilíbrio das vozes sociais e políticas nos medias; fiscalizar o poder público;
5) Observar a capacidade dos medias de influenciar o público não no como pensar sobre determinado assunto, mas sobre o que pensar;
6) Organizar, estruturar e hierarquizar as informações, explicá-las, analisá-las e interpretá-las, e apresentá-las e difundi-las por diversos processos, utilizando-se de meios impressos, auditivos, visuais, geralmente combinados entre si;
7) Fiscalizar o poder público;
8) Saber diferenciar o interesse público do interesse perverso do público.
(...)
A interdisciplinaridade nunca será motivo para desmerecer uma graduação em particular. "
Bruno Barros, Observatório da Imprensa.
A Turma de Jornalismo do primeiro semestre da Universidade Federal de Santa Maria está organizando um protesto contra esta ILEGALIDADE, que rebaixa a nossa FORMAÇÃO ACADÊMICA.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

O sorriso de Benasso - Parte 1

O Benasso era popular no colégio. Na verdade seu nome era José Guilherme, mas nunca soube o real motivo desse apelido. Bom, seguindo a história, o Benasso era muito querido por todos, afinal tinha um sorriso fácil, como o de uma criança. Estava sempre feliz da vida. Jogava futebol com a turma, organizava festinhas em sua casa, dava aulas de reforço para os colegas que tinham dificuldades nos estudos... Enfim, era um verdadeiro amigão.
Pois bem, o Benasso era popular mesmo estando na cidade e no colégio há apenas dois anos. Seu pai foi transferido e toda a família deixou sua cidade natal, no sul do estado. Entretanto, uma parte de Benasso ficou: seu coração. Cara, ele tinha uma namoradinha que amava muito. E esse amor era recíproco! Era linda essa paixão, um casal perfeito. Eles se afastaram, mas o namoro continuou. E firme, como sempre.
Mas naquele ano o Benasso voltou diferente das férias. A namoradinha, aquela que ele amava tanto e que o amava no mesmo tanto, havia terminado o relacionamento. Alegou distância, claro, e que por causa dela, já não o amava mais.

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Era triste vê-lo rastejando pelos corredores. Aquele sorriso fácil, sumiu. O futebol com a turma, sem vontade. As festinhas em sua casa, sem ânimo. Os estudos com os colegas, não aconteciam mais, pois o próprio Benasso começou a ir mal no colégio. Sua tristeza era, meu Deus, imensa. Alguém precisava ajudá-lo, era impossível que não restasse um resquício de sua vontade de viver.
Infelizmente, nem as aulas da nova professora de história, chegada naquele mesmo fatídico ano, ajudaram meu amigo. Cínthia SeréC era seu nome e ela tinha uma característica que a destacava em relação as outras professoras. Ela era, digamos, novinha.

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(continua)
Guilherme Gehres

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Amizade

Advertência: O meu humor hoje não está lá essas coisas (se você pensou "e o que eu tenho a ver com isso" vá ao diabo que lhe carregue desde já) como vocês já devem ter percebido, portanto não garanto que o meu "artigo" não vá soar ofensivo para alguém(s) (e podem apostar que eu estou pouco me importanto se isso acontecer).

Devido a alguns fatos recentes (não se gastem perguntando, eu não pretendo dizer o que foi) eu me parei para refletir o que é a amizade, o porque dela e, pricipalmente, para onde ela leva. Desnecessário dizer, não cheguei a lugar algum, com excessão talvez da melancolia (e se alguém ainda insiste em me criticar mentalmente, vá pentear macacos). Tenho que começar por algum lugar, vou escolher na ordem que eu citei acima. "O que é a amizade?" é algo que muita gente deve ter se perguntado uma infinidade de vezes e eu não sou a excessão da regra. Companheirismo, ajudar quando o outro precisa de auxílio, tanto de natureza afetiva quanto profissional ou até existencial, mesmo que essa ajuda não seja mais do que dar um ombro ao pranto, ouvir em silencio ou mesmo arriscar um conselho ou dizer uma verdade que o outro não quer ouvir. Esse é um conceito bem pessoal, como não poderia deixar de ser, e cada um pode ter algo a acrescentar, até a retirar mas em linhas gerais eu duvido que qualquer pessoal venha a contestar o que escrevi. O segundo ponto é o "porque da amizade", me desculpem a vulgaridade mas se alguém tem alguma dúvida quanto ao fato de que precisamos tanto de amigos quanto de oxigênio, vamos sentar e discutir seu futuro como deficiente mental. Em resumo pode-se dizer que as mesmas coisas que eu citei como definição de amizade, as pessoas, todos nós, precisamos de amparo as vezes por mais que digamos que somos auto-suficientes. Finalmente, "aonde a amizade leva?", que afinal era o ponto onde eu queria chegar desde o início. Eu costumo dizer aos quatro ventos que eu não crio esperanças com nada, isso é verdade. Mas se vocês estiverm pensando o porque de eu estar mal, parabéns, acharam o meu calcanhar de aquiles. Não é fácil se aproximar de mim de verdade porque uma vez que uma pessoa faz isso ela facilmente pode me derrubar. Por mais que isso tenha sido exposto na 1ª pessoa, é uma constatação bem genérica, creio que muita gente pense assim. Mas no fm das contas, até onde podemos confiar nas pessoas, até onde podemos confiar nossas vidas, o âmago do nosso ser, a outrem? Como eu coloquei anteriormente, não podemos viver solitarios, então qual a medida, até onde podemos levar uma amizade e quem são os verdadeiros amigos? Se alguém souber essas respostas, por favor me conte.
Não que interesse a alguém, mas o nome do meu blog é uma parte da denominação da minha turma de amigos.
PS: não quero piedade (se você pensou isso, vão a merda)
Guilherme Benaduce

quarta-feira, 4 de junho de 2008

A Insatisfação muda o Mundo

Desde pequeno percebia que eu era diferente. Não gostava de esportes, preferia os livros; queria morar nos Estados Unidos, odiava minha cidade. Quando percebi que minha persona era motivo de exclusão na letárgica bolha em que eu havia nascido, acabei me entregando ao suícidio imaginário. Cortava-me, baleava-me, enforcava-me. E o bom era que eu podia me matar quantas vezes quisesse. Sem dor física alguma.
Nesses devaneios suicidas, percebi outro ponto muito gianlluquista que não deixava concretizar o suicídio: eu sonhava. Sempre que me deparava com uma situação desagradável, transportava-me para uma realidade paralela, porque, nela, eu era perfeito. O mundo era perfeito: eu tinha irmãos, eu era bonito, nevava no Natal e não havia nenhum mundo a ser descoberto além daquele - perfeitamente satisfacting.
Durante muito tempo, tudo me parecia ruim e meus sonhos, aparentemente, jamais seriam mais do que psicoses de um nerd sobrepesado que escutava ABBA e lia Harry Potter. Para mim, a vida nunca iria mudar. Eu seria sempre o ovino afro-descendente fadado ao abate social.
"Não mais do que repente", livrei-me do peso de me esconder num projeto de cidade ao vir para Santa Maria - El Dorado dos que nascem no interior. Mesmo que, no início, nada muito revelador tivesse acontecido comigo, com o tempo, pûde aprender a mais valiosa lição da minha vida (de incríveis dezessete invernos): clichês de auto-ajuda geralmente são verdade.
Seu inconsciente neste momento: "Que porra é essa? Eu li essa merda para ele dizer que clichês são verdade?"
Antes de apertar o X no canto superior...
"Nunca deixe de sonhar". Esse é o meu clichê favorito. Se eu não tivesse sonhado, nunca teria lido livros dos quais meus conterrâneos sequer vão saber da existência; se eu não tivesse sonhado, não teria estudado o que estudei, não teria me preocupado em passar no PEIES; se eu não tivesse sonhado, já teria parado de sonhar. Foram meus sonhos que mudaram minha vida - se hoje sou feliz, pois estudo o que gosto, convivo com quem amo, foi por que eu sonhei. Ou seja, eu desejei virtualmente.
É bom ver isso agora, pois tudo pelo que passei faz sentido. Toda minha infância desajustada me causou insatisfação. Opa...e só esta faz sonhar. No fim, nossos sonhos são reflexos imediatos de nossa insatisfação. É verdade que nós somos naturalmente insatisfeitos, mas só os desgostos profundos, que matam a alma, propõem a morte induzida e fazem suspiros se verterem em lágrimas é que criam mais do que um mero descontentamento. É um ciclo: ser machucado, ficar inconformado, sonhar.
Pois, então, todas as nossas realizações já feitas e aquelas outras, tão absurdas quanto, são, na verdade, insatisfações? Sim! Se qualquer coisa por nós é mudada, é porque dela não gostamos. Engraçado. Num mundo dito tão errado e tão injusto, o que muda alguma coisa são sinapses que transcendem o sistema nervoso e passam pelo coração, pelo espírito e pela aura. Quem muda o mundo são aqueles que pelo mundo foram machucados.
Pareço-me um pouco confuso, mas continuarei.
Mas o que, afinal, eu quero tanto dizer? É difícil responder: são idéias novas mescladas a sentimentos imaturos. É um embaralho mental fundado em experiências e em ambições. É uma liga, não metálica, mas aérea. Não consigo ser objetivo, desculpem-me os sedentos por dinamismo. Minha mente é tosca.
Acredito em que, no final das contas, o que clama em minha consciência para ser regurgitado neste vernáculo luso-brasileiro é a certeza e a dúvida: meu passado, agora, são feridas saradas; mas meu futuro é volúvel, é feito de medo. Meu presente é um tanto pífio se comparado ao que já passou e ao que está por vir (erro meu).
Ser machucado e me machucar me fez insatisfeito. Insatisfeito, sonhei. Dos sonhos, tenho um punhado feito concreto; o resto são sentimentos, vontades, incertezas. Meus sonhos são o caos...como este texto.
Ah! Não me interessam o caos nem a dúvida. Interessa-me o nada, o que ainda pode ser. Só que, agora, tenho uma convicção pleonasticamente convicta: não posso (podemos) parar de sonhar! Não agora. Nem nunca.
Gianlluca Simi
Acadêmico do Primeiro Semestre de Jornalismo da UFSM

terça-feira, 3 de junho de 2008

O Mundo Quadrado



AVISO: Esse não é um texto para ser entendido, então, se compreendê-lo é seu objetivo, pare por aqui!

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Sim! Colombo errou!
Sim! A NASA mentiu!
O mundo não tem a forma elipsoidal, como aprendemos desde as séries iniciais!
Ele é um cubo gigante! Ele é quadrado! Ele é agudo!
Um cubo: Seis faces. Oito vértices. Doze arestas.
É uma idéia difícil de ser compreendida, praticamente inútil de ser explicada, mas tentarei, sem compromissos, provar que o que digo é verdade!
Todas as formas arredondadas me levam a pensar num grande "plano torto". Embora antitético, esse termo tem algum sentido: em uma esfera (e até mesmo num sólido de forma elipsoidal, como afirmam ser a terra) é possível percorrer toda a sua superfície sem nenhum percalço. Por isso as bolas giram. As formas arredondadas emitem uma noção de igualdade, como as "mesas redondas". Agora me respondam: Onde está a igualdade no nosso mundo?
Talvez agora vocês entendam onde quero chegar:
Como sabiamente nos diz uma música famosíssima e com uma letra filosófica ao extremo, hoje em dia é só "Ado, a-ado, cada um no seu quadrado"
Citação tosca? Possivelmente! Mas ela exprime bem o que quero dizer.
Hoje as pessoas que estão na mesma face do cubo tendem a ignorar o que se passa na outra face! Embora sejam o mesmo sólido, as pessoas têm medo de atravessar as arestas invisíveis que nos separam do resto do mundo. O isolamento é auto-imposto, é algo natural! Pouco me importa o estado do outro lado do cubo, se o meu lado estiver em ordem (embora seja uma opinião burra, visto que a parte afeta o todo!)
Desse modo há três tipos de pessoas. As que se posicionam nas faces do cubo, em suas arestas ou em seus vértices.
São 6 as faces. Segundo a numerologia, o número 6 é relacionado à vontade de Liberdade. Logo: Aqueles que se posicionam nas faces necessitam de uma liberdade, de desapego às outras pessoas. Narcisismo, egoísmo e solidão. São essas as pessoas que não prestam atenção às outras faces.
São 8 os vértices. Numerologicamente falando, o 8 é o número da Justiça! Justiça deriva do ato de julgar. Para ser justo é necessário ter conhecimento total dos fatos. Porém como uma pessoa que se posiciona em um lugar em que vê apenas metade da superfície do todo conseguiria ser justa? Os juízes estão nos vértices. Mas ainda falta o juízo.
São 12 as arestas. A divisão entre duas faces. A indecisão, o medo, o desequilíbrio. São esses ainda mais numerosos que os anteriores, por causas desconhecidas.
De qualquer forma as pessoas não ficam sempre no mesmo lugar. Durante o seu dia elas mudam constantemente de posição, são vértices, faces e arestas de si mesmos!
O mundo é quadrado.
Os pensamentos são quadrados e antiquados.
Esse texto é quadrado. Desigual. Não serão todos que compreenderão. Provavelmente só eu o compreenda. Por isso não faz mais sentido eu continuar a escrevê-lo. Vou me recolher com meus pensamentos, que embora eu esteja sóbrio, mais parecem com os de um bêbado na sarjeta.
(Felipe Severo)

domingo, 1 de junho de 2008

Dízimo e conversão

Essa décima parte da renda anual pedida pela Igreja tem o intuito de manter gastos com obras, reformas, sobrevivência do padre. O Papa Bento XVI, porém, extinguiu o termo “dízimo” do quinto Mandamento da Igreja. No dia 28 de junho de 2005, dois meses depois de assumir o cargo máximo da Igreja Católica, alterou este mandamento, através do Compêndio do Catecismo.

Talvez, pela idéia de que essa parcela em dinheiro afugentasse fiéis, que estariam se convertendo a outras religiões que evitassem tais gastos, o pontífice deu uma nova ênfase ao mandamento, alterando-o: “Atender às necessidades materiais da Igreja, cada qual segundo as próprias possibilidades”.

“Dízimo, (sic) é fruto de nossa verdadeira conversão”. Essa frase, em destaque na parede de saída da Paróquia do Rosário, em Santa Maria, beira à contradição. Afinal, quem deve pagar o dízimo são os verdadeiros católicos, que querem ajudar a manter a paróquia? Ou aqueles que não eram adeptos dessa religião, talvez por achar que o ímpeto católico de buscar dinheiro ultrapassava os limites da fé?


Não que todas as outras religiões sejam decentes. Longe disso. Muitas, por sinal, estão bem mais interessadas no “dízimo” do que na redenção e satisfação espiritual das pessoas. Mas uma paróquia que não coincida com as verdadeiras idéias de Vossa Santidade, parece não ter uma boa relação de intermediadora das ideologias que a religião católica tenta passar aos ouvintes.

Eduardo Covalesky Dias